A última noite de Super Bock Super Rock, anteriormente considerada a noite mais fraca do cartaz, revelou-se numa das melhores.
Começou com os chamados dinossauros do Hip Hop português, Mind The Gap, eles que estavam há cerca de 10 anos parados, Ace, Serial e Presto subiram ao palco em plena luz do dia e mostraram que ainda tem estofo para concertos. Ace antes de subir ao palco disse em entrevista à rádio que estiveram a ouvir as músicas em loop em casa, para relembrarem todas as letras e salientou que este talvez fosse o último concerto, pelo menos o do ano, pois por contrato feito segundo ele não podem dar mais nenhum concerto este ano, desconhecemos os motivos de um contrato destes, mas certamente para o terem é porque assim se justificou. Em palco contaram com a presença de amigos que estiveram presentes nos seus anos ativos, no seu crescimento. Começaram por chamar ao palco Maze dos Mundo Secreto e soaram Brilhantes Diamantes, a idade não os afeta de modo algum, apesar de Ace soar bastante e brincar a dizer que precisava de ginásio para volta aos palcos. O convidado é amigo seguinte foi Valete, que também ele fez um concerto especial no Super Bock em Stock no inverno anterior, onde convidou vários amigos para festejar com ele os 50 anos de Hip Hop. O último convidado foi Sam the Kid para “És onde quero estar”. Um concerto que nos lembrou a infância ou adolescência, quando tínhamos amigos que ouviam Mind the Gap.Seguiu-se no palco Pull&Bear Hause Plants, filhos da Cuca Monga, deram um concerto espectacular que nos preparou para um dos melhores concerto da noite (quanto a nós) Vulpeck no palco principal, antes do concerto tivemos algumas dúvidas sobre até que ponto eles agradariam ao público ali presente, à faixa etária mais especificamente, mas foi surpreendente quando percebemos que a maior parte dos presentes estavam ali para os ver, incluindo um super fã á nossa frente que foi vestido a preceito com um Panamá vermelho e um robe branco vestido.
A banda é excelente, todos os músicos são multi instrumentistas, trocam constantemente de instrumentos entre si, para além dos convidados especificamente para cantar Jacob Jeffries e Antwaun Stanley, também Joey Dosik e Theo Katzman cantam e trocam instrumentos constantemente. A nossa banda funky preferida valia o valor diário do bilhete e deram um concerto para lá de perfeito. Sempre com uma energia contagiante, muito humor e interação com o público deslumbrou os presentes e foram constantes os elogios de quem nos rodeava, incluindo um grupo que não os conhecia e estavam deslumbrados e completamente rendidos aos Vulfpeck.
Segue-se Anna Calvin para uma segunda de mão depois da sua presença do Super Bock em Stock, nada de novo, no nosso ponto de vista os concertos deveriam evoluir e trazer sempre algo de novo. É bom, tem uma boa voz, mas falta algo novo para não nos dar sono.
Stormzy é quem toca no palco principal a seguir e deu um concerto á sua altura. Cheio de petardos e muitas labaredas, com a sua energia, south London accent e o seu corpo a escorrer água, Stormzy começou o seu concerto de uma forma tão humilde e simpática que só por si dava vontade e ver, pedindo a quem não o o conhece para lhe darem a oportunidade de mostrar o seu concerto, as suas músicas sempre vindas de experiências e dos próprios pontes de vista, deu um concerto muito bom e no final ainda foi abraçar os seus fãs da front row por todo o caminho até a entrada frontal para o backstage, algo que os fãs sempre apreciam muito e que na verdade mostra como os músicos sentem o quão importante é haver essa conexão entre eles e o público, como que se tornasse o gigante vale que há entre ambos menor.
Ao mesmo tempo atuaram Kneecap no palco Somersby, que gostávamos de ter visto, mas para o grupo de Belfast só houve tempo para umas fotografias, pois atuaram ao mesmo tempo que Stormzy, algo que achamos que poderia ter sido evitado tendo-os colocado no palco Pull&Bear, mas claro que falar de fora da gestão é sempre diferente e parece realmente mais fácil do que realmente é.
Em Fisher foi momento para dançar, com o público totalmente numa de se divertir e não estar propriamente atentos ao palco. Dançamos ao lado de Partiboi69 que foi que fechou esta edição de Super Bock Super Rock. Foi uma edição memorável.
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