O segundo dia de Super Bock Super Rock começou com a infortuna notícia de que 21 Savage cancelara o concerto por motivos de saúde. Com o principal nome da noite que movia centenas de pessoas à Herdade do Cabeço a cancelar gerando uma desilusão geral, com fans que vinham do norte do país e para o ver. A promotora compreendendo perfeitamente a situação, compensou a situação, dando acesso ao dia 20 a que, tivesse bilhete para o dia 19, digamos que forums excelente compensação. Para resolver a situação de cartaz, Slow J subiu no horário para o lugar de 21 Savage e para o lugar de Slow J, veio Papillon. Gostos á parte, da nossa parte fica a saudade do rock e do tempo em que o Super Bock Super Rock tinha mais rock e mais bandas. O segundo dia que era um dos dias mais esperados, tornou-se aquele dia que muitos dos entrevistados foram porque já tinham bilhete.
Começamos a noite com Kenny Mason no palco Pull&Bear, sozinho em palco fomos Beats, conseguiu meter o público a vibrar e a fazer mosh, relembrando “Malta vocês sabem as regras, se alguém cair, param e ajudam a levantar e tenham cuidado e respeito pelas raparigas, que também tem direito ao mosh e estou aí a ver algumas” , foi um concerto que poderia ter tido mais coisas a acontecer no palco, mais que não fosse algo visual na tela para completar, mas ainda assim foi agradável.
Segue-se no palco principal Papillon que humildemente agradeceu a sua presença como sendo a melhor surpresa do ano, dizendo-se muito abençoado por ali estar. De Mem Martins para o Meco, as suas rimas eram conhecidas dos presentes, que cantavam consigo em coro, dando até origem a emoção da parte de Papillon que ao ouvir o público gritar o seu nome, deixou cair umas lágrimas. Ser convidado tao em cima da hora e ter uma recepção tão generosa e calorosa é sem dúvida uma benção, que não fica ao acaso por a sugerir a ele ter atuado Slow J, que tem em grande parte o mesmo tipo de publico.
Slow J encantou os seus fãs presentes. Lembramos que o álbum “Afro Fado” foi o álbum português mais ouvido de sempre nas primeiras 24 horas após o lançamento e que os dois concertos que Slow J deu dois concertos totalmente esgotados na Meo Arena em Março e no Super Bock Super Rock não desiludiu os fãs. Papillom voltou a subir ao palco para trocar rimas com Slow J deixando todos ao rubro. O hip hop português é bom, está de boa saúde e não faz cancelamentos de última hora, muito pelo contrário, está tão preparado que faz aparições de última hora e salva a noite.
Seguimos para o concerto de Aminé no palco Pull&Bear, apesar de ser de Portland, atualmente vive em Los Angeles, onde existe uma maior possibilidade de estar no meio (indústria musical) e la permanecer. É um constante crítico político, mas especificamente de Donald Trump. E aqui na Super Bock Super Rock deu-me concerto que ficará na memória de quem o viu.
A noite acabou em grande com Black Coffee no palco principal, um veterano nestas andanças. Sem headphones, sem computadores, o seu deep house meio que a tocar no electrónico fez com que a noite acabasse em grande, embora o final estranho, como que se tivesse esquecido que o set estava no final, foi alguém avisa-lo e sem mais nem menos faz adeus ao público e retirasse do palco, ainda que com um estranho final, foi um excelente set.
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