O Super Bock Super Rock invadiu novamente o Meco, num primeiro dia com cerca de 20 mil pessoas, vestidas a preceito para ver Mäneskin, apesar do cartaz contar com o um dos deuses americanos da guitarra, pertencente à bandas que marcaram uma geração, como os Rage Agaisnt The Machine, que atua em nome próprio e tem feito muitas parceiras como os próprios Mäneskin, Barns Courtney, Idles, Bruce Springsteen entre tantos outros. A maioria do público estava ali para ver Mäneskin. 

Tom Morello deu um concerto brilhante, onde não esqueceu o amigo Chris Cornell que no dia seguinte faria 7 anos da sua morte. Passou pelas suas músicas e é inevitável ficar indiferente a forma como toca guitarra, mas foi com o instrumental de Rage Agaisnt The Machine que o público mais vibrou e cantou todas as letras, o que nos surpreendeu muito e deixou muitas saudades dos concertos de Rage. Um dos pontos altos para quem estava para ver Mäneskin foi quando Thomas Raggi, guitarrista dos Mäneskin subiu ao palco para tocar com Morello. 

No palco Pull&Bear tocaram a seguir os Capitão Fausto e esta é uma opção que pode ser boa, um palco parar para o outro tocar, porém reduz o números de bandas e quando não se gosta da banda, é um tempo morto, pode ser bom para se ter a oportunidade de se verem todos os concertos, só quem gosta de muito de música sabe a dura batalha de se ter que escolher ver entre duas bandas que adoramos e tocam ao mesmo tempo. 

Os capitão Fausto trouxeram o seu psicadelismo, foram eles a ser eles, um bom concerto, mas nada de novo. 

Segue-se Royal Blood no palco principal, achamos incrível como apenas dois músicos enchem tanto um palco. Tivemos o prazer de os entrevistar no início da carreira por volta de 2013 e apesar de toda a fama e experiência que já tem, continuam dois seres simpáticos e humildes. Com Mike sempre a interagir com o público, tocar guitarra com os olhos tapados por uma bandeira portuguesa foi dos momentos que mais causou burburinho no público, para além do momento em que público se apercebeu que Thomas, Damiano e Ethan dos Mäneskin viram parte do concerto do Royal Blood junto a grande do Golden Circle. Achamos sempre incrível quando as bandas se apoiam e neste festival foi uma constante. 

Segue-se Will Buttler + Sister Squares, que apesar de ser irmão do vocalista de Arcade Fire, não leva esse título mas sim de um multi-instrumentista, fez do palco Pull&Bear um bom momento, mas ingrato já que muita gente aproveitou para ganhar energia para o seu grande foco da noite que tocava a seguir no palco principal, tirando os magotes que não arredaram pé de ao pé do palco principal para não perderem o seu grande lugar.

 Chega finalmente grande momento dos Mäneskin que embora seja uma banda que ganhou imensos fans com a sua participação na Eurovisao, apesar de terem uma presença muito rock star e de serem bons, já os tínhamos visto e ao contrário de Mick Jagger não achamos que sejam a maior banda rock da atualidade, achamos sim que tem uma boa presença para espetáculo, agradando a todos os gostos visuais e mesmo tendo boas músicas e Thomas ser um bom guitarrista, não achamos que sejam a maior banda de rock do momento. Talvez seja mais incomum por serem Italianos, mas não são o primeiro fenómeno da Europa. O concerto foi bom, por vezes era difícil ouvir a voz de Damiano com tantos gritos femininos, mas a energia deles foi boa, o concerto foi bom. Damiano por não tocar instrumentos tem uma postura de entertainer, usando toneladas de sensualidade para tal. Desde tirar a camisa e quase nos deixar surdos com os gritos das meninas, até dizer Cristiano Ronaldo. Foi um bom concerto, mas gostávamos de ter conseguido ouvir mais a banda e menos os gritos das meninas.

 Talvez seja por isso que a seguir no palco Pull&Bear Marc Rebillet tenha optado por dar o seu set de boxers, fazia um calor tremendo da herdade da flauta. Marc que assistiu a parte do set de Nina Kraviz, que nas suas calmas e profissionalismo deu o seu set de nos meter a dançar no ar.