Tino, alternando entre o banjo e a guitarra, desafiava qualquer noção de convencionalidade, transformando cada composição numa experiência única e arrebatadora. Os seus acordes juntamente com o som de Tristan são como espirais hipnóticas saídas de uma mente em transe, pareciam abrir portais para outras universos paralelos. A suavidade com que Tino se expressa, entrelaçada a uma postura vibrante e contagiante, transmitia uma sensação reconfortante, que cria uma espécie de necessidade de guardar aquele espírito etéreo numa garrafa e poder abri-la sempre que as sombras dos dias nos deixem um pouco mais low.
As músicas e o concerto em si, tal como prometido, foram uma manifestação pura do que o duo representa: exploradores celestiais, viajantes entre mundos paralelos onde a musica psicadélica e o techno se entrelaçam, formando uma dimensão própria, intransponível, mas, ao mesmo tempo, completamente acolhedora. Aquela noite foi a materialização dessa viagem cósmica — uma experiência sensorial e emocional que nos envolveu por completo.
Agora, aguardamos ansiosos a oportunidade de os ver fora das nossas obrigações do trabalho, para poderemos finalmente dançar livremente e imergir completamente neste culto ao onírico, onde nos perderemos nos transes místicos da banda, deixando-nos levar por esta energia que nos transcende pelas paisagens da mente e do espírito.
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