No dia 27 de março, o Lux Frágil em Lisboa foi o cenário de um concerto inesquecível, onde a energia da música ao vivo se fundiu com a atmosfera vibrante do espaço. Há uns meses atrás quando escrevemos sobre o concerto de Maquina com Surma no Musicbox, dissemos que o Lux seria perfeito para um concerto deles e tal como previamos assim foi. Completamente esgotado, o Lux, conhecido por ser um dos locais mais emblemáticos da cidade, ofereceu um ambiente acolhedor e íntimo, perfeito para receber os amantes da música alternativa.

    A noite começou com Solar Corona, que subiu ao palco com uma proposta audaciosa e imersiva. A banda, fortemente influenciada pelo krautrock, trouxe uma experiência sonora que se destacou pela repetição hipnótica de ritmos e pela utilização de texturas eletrónicas. À medida que as primeiras notas ecoavam pela sala, o público foi imediatamente transportado para um mundo onde o tempo parecia parar. As luzes do Lux, cuidadosamente ajustadas, realçavam cada nuance das suas composições, criando uma atmosfera quase etérea.

    Após a atuação de Solar Corona, Maquina tomou conta do palco, trazendo uma energia completamente diferente, mas igualmente poderosa. Conhecida pela sua abordagem inovadora ao rock progressivo, a banda apresentou um setlist repleto de melodias complexas e riffs marcantes. A interação a audiência foi intensa, sempre com alguem a subir ao palco para dançar e saltar para um crowd surf, com os presentes a responderem a cada momento com aplausos entusiásticos. A sonoridade envolvente de Maquina elevou ainda mais a experiência, fazendo com que o Lux vibrasse em uníssono com a música, como que uma avalanche sonora que se apoderava dos corpos e mentes.

    O ambiente no Lux, um espaço que combina a estética industrial com um toque de sofisticação, proporcionou o pano de fundo ideal para esta celebração da música ao vivo. A decoração única e as dimensões do espaço criaram uma proximidade entre os artistas e o público, tornando cada nota e cada letra ainda mais impactantes.

    À medida que a noite avançava, era evidente que tanto Solar Corona quanto a Maquina deixaram uma marca indelével na memória de todos os presentes. O esgotado Lux Frágil, com a sua atmosfera mágica e a qualidade das performances, consolidou-se mais uma vez como um dos principais palcos da cena musical portuguesa. Os espectadores saíram do concerto com sorrisos nos rostos e a certeza de que viveram uma experiência única, celebrando a riqueza e diversidade da música contemporânea.