HAL STILL ECHOES é o projeto musical de Daniel Barros e estará a concurso no Festival Emergente, o concerto será dia 28 às 20:15, não te esquecas que o público também vota, a tua participação é importante. 

HAL STILL ECHOES é um projeto inovador que se distingue pela sua incessante busca por uma sonoridade que combina elementos orgânicos e sintéticos, naturais e eletrónicos, criando uma palete sonora única e multifacetada. A proposta do projeto é um convite a uma experiência auditiva que ultrapassa as fronteiras dos géneros, fundindo influências do indie-rock, post-rock, eletrónica e folk de forma fluida e provocante. A música de Hal Still Echoes não se limita ao som, mas visa criar atmosferas que envolvem o ouvinte e provocam uma reflexão profunda, ao mesmo tempo que explora um forte componente visual que complementa e enriquece a estética do projeto.

Lançado a 12 de julho deste ano, o álbum “Self-Portrait” marca a estreia do artista na sua jornada musical e representa mais do que um simples conjunto de faixas; é uma verdadeira obra de autodescoberta. Como um retrato sonoro, cada música no álbum serve como uma extensão da busca de Hal Still Echoes pela sua identidade, uma procura que é revelada através das subtilidades da música e da arte visual que a acompanha. A temática central do álbum é a introspeção e o processo de conhecer a si mesmo através da criação artística, um percurso sinuoso e pessoal que transita entre momentos de dúvida, epifania e crescimento.

Embora Hal Still Echoes seja um nome relativamente novo no cenário musical, a sua música carrega já uma profundidade que parece ter sido refinada ao longo de uma vida inteira de exploração sonora. É um artista que não se limita a fórmulas ou convenções, buscando sempre criar algo único, algo que provoque reflexão e, simultaneamente, desperte uma sensação de perda e descoberta. A sua música é uma busca incessante pela beleza nos momentos efémeros, nas sombras que muitas vezes passam despercebidas no quotidiano. Através das suas composições, Hal Still Echoes convida-nos a olhar o mundo com um novo olhar, a perceber o que normalmente escapa à nossa atenção e a nos perdermos nas camadas de som que ele habilmente constrói.

Cada faixa de “Self-Portrait” é uma viagem emocional que nos permite vislumbrar um fragmento do que está na mente e no coração do artista. O contraste entre o suave e o abrasivo, entre o calmo e o tumultuoso, reflete a dualidade da experiência humana: uma busca constante pelo equilíbrio entre o que é estável e o que é efémero.

Em última análise, “Self-Portrait” não é apenas um álbum, mas uma meditação sobre o efémero, sobre as marcas invisíveis que permanecem mesmo quando tudo à nossa volta parece desvanecer. Através dessas “ecoações”, Hal Still Echoes ensina-nos a ouvir de uma maneira diferente, a sentir o que normalmente nos escapa e a sermos mais presentes no mundo que nos rodeia. Ele consegue, através da sua música e da sua arte visual, criar um espaço onde podemos refletir sobre a nossa própria jornada de autodescoberta, reconhecendo que, muitas vezes, a beleza está nos detalhes mais simples e nas sombras que, à primeira vista, parecem insignificantes.

Com “Self-Portrait”, Hal Still Echoes não só estabelece a sua voz no cenário da música alternativa, mas também oferece uma experiência sonora e emocional que ressoa com todos aqueles que buscam algo mais do que apenas música. É uma obra que nos desafia a olhar para dentro de nós mesmos, a refletir sobre o nosso lugar no mundo e a perceber que, mesmo nas nossas dúvidas e incertezas, há sempre algo profundo e belo a ser encontrado.

Apresenta-nos o teu projecto e o que achas que o destaca mais.

HAL STILL ECHOES é um projeto que junta um pouco de tudo aquilo que gosto. Os ambientes e dinâmicas do post-rock com elementos acústicos de indie-folk, um pouco eletrônica e uns toques de math-rock. O primeiro álbum deste projeto chama-se "Self-Portrait" e explora a ideia de uma pessoa se descobrir através da arte. Este conceito surgiu por estar numa fase da vida onde pessoalmente não sabia qual o próximo passo a dar, ao mesmo tempo estava a descobrir a sonoridade deste projeto e a desafiar-me ao escrever pela primeira vez músicas com voz e letra. Se tivesse de apontar alguma característica de destaque talvez o facto de ser um projeto que não tem receio de explorar ideias musicais um pouco complexas com muitos elementos em simultâneo e sobre temas mais abstratos. 

Define/caracteriza em 3 palavras o teu projecto.

Melancolia, maximalismo e contrastes

Como estás a viver esta participação no Festival Emergente?

Está a ser uma mistura de emoções. Estou super feliz por estar a ter esta oportunidade única e por ver o meu trabalho ser reconhecido por outras pessoas que estão no meio artístico. Ao mesmo tempo sinto-me incrédulo pelo facto do meu projeto ter sido selecionado no meio de tantos outros.

O que podemos esperar do teu concerto?

Músicas enérgicas que exploram temas pessoais envoltas em acordes de piano, guitarras reverberantes e o ressoar da bateria acompanhadas de interjeições típicas de uma pessoa introvertida

Quais são as tuas maiores inspirações?

Bandas de música instrumental como Frames, This Will Destroy You e Tides of Man tiveram e têm um enorme impacto no meu percurso musical. Lembro-me que tive uma ligação quase imediata desde as primeiras músicas que ouvi deles e foi isso que despoletou uma grande jornada de descobertas musicais pelos género do post-rock e math-rock e isso deixou uma grande pegada nas músicas que faço ainda hoje. Bon Iver é outro artista que admiro imenso não só pela sonoridade inconfundível que criou nos seus primeiros álbuns, mas também pelo seu trabalho mais experimental e eletrônico. Dentro do panorama nacional bandas como First Breath After Coma e You Can't Win, Charlie Brown são projetos que acompanho e que são uma clara referência pra mim.

Um álbum que está no teu top 3 de preferências. 

Another Language dos This Will Destroy You