O segundo dia do Festival MIL revelou-se tão vibrante e memorável quanto o inaugural, tanto em termos de bandas quanto de convenções. As nossas aventuras musicais começaram no Titanic Sur Mer, onde tivemos a oportunidade de assistir ao concerto dos L.A. Sagne. Esta sala é uma pequena joia, ideal para concertos mais intimistas; o seu tamanho reduzido proporciona uma proximidade especial com os artistas, enquanto a altura do palco garante uma visão privilegiada. O som, como sempre, estava impecável, criando um ambiente sonoro que intensificou a experiência.
Surpreendeu-nos o desempenho da banda, pois, apesar de esperarmos uma explosão de energia e atitude, eles adotaram uma postura mais contida. O guitarrista, por exemplo, não se aventurou pelo público em jock straps, como imaginávamos, o que nos permitiu concentrar-nos na verdadeira essência da música. Essa abordagem tranquila revelou-se uma grata surpresa, permitindo-nos apreciar a qualidade musical de forma mais profunda. Se estiveres interessado em detalhes específicos sobre cada uma das bandas, convidamos-te a ler os posts seguintes.
Após essa experiência intensa, dirigimo-nos à sala Lisa, um espaço que até então nos era desconhecido. Localizada um pouco afastada das outras, a sala é compacta, mas possui um bar, o palco que não o chega a ser, apenas da para quem está la a frente consiga ver, mas é um espaço acolhedor, com um ambiente convidativo que certamente desejamos revisitar. O concerto que aguardávamos com entusiasmo foi o de Walter Astral. É difícil descrever em palavras o quanto somos fãs desta banda; a energia que transmitem é contagiante. Era tão envolvente que se tornava difícil registrar o momento em fotografias, pois era impossível resistir ao impulso de deixar o corpo dançar ao som das suas melodias.
Seguindo a nossa jornada musical, chegamos ao Musicbox para o tão aguardado concerto das Deep Tan. O último concerto delas que assistimos foi no Moth Club, em Londres e ficamos completamente encantados. A banda tornou-se uma das nossas favoritas, não apenas pela música contagiante e pela presença de palco marcante, mas também por serem todas mulheres, um feito notável num cenário ainda dominado pelo patriarcado. A história pessoal da vocalista e da baixista também enriquece a narrativa da banda. O concerto foi um verdadeiro espetáculo, mesmo que a sala não estivesse cheia como esperávamos; havia público suficiente para criar uma atmosfera acolhedora, permitindo que a banda se sentisse apreciada e à vontade. Sem dúvida, mais um concerto que se insere na nossa lista dos melhores do Festival MIL.
O grande encerramento da noite ficou por conta dos Máquina, a nova sensação de Lisboa, que têm conquistado as plateias por onde passam. Com uma base de fãs fervorosa, lotam todas as salas que se apresentam e estão, inclusive, a realizar tours pela Europa, onde são igualmente aclamados. O concerto deles foi tão intenso que culminou com o guitarrista segurando a sua guitarra pelas cordas que se haviam partido no final do concerto. Eles são em todos os concertos uma verdadeira demonstração de entrega e paixão, este amor é entrega que o público tem por eles, lembra-nos muito o início dos Linda Martini, que rapidamente ganharam uma base de fans enorme e enchiam todas as salas onde tocavam.
Embora tenhamos planeado assistir a mais concertos, a distância entre as salas acabou por limitar nossa capacidade de entrar a tempo e nos posicionar para fotografar e ver os concertos na íntegra e desta forma poder escrever sobre eles. Assim, com pesar, deixamos alguns concertos para trás. No entanto, estamos certos de que novas oportunidades surgirão, e teremos an oportunidade de ver, fotografar e escrever sobre essas bandas que tanto admiramos.
Tal como mencionamos anteriormente, nos posts seguintes iremos publicar as reviews dos concertos, no site podem ler a review na sua íntegra e no Instagram podem ver as fotografias dos concertos, todas da nossa autoria.
0 comments