O segundo dia de festival, contou com cerca de 15 mil pessoas, ao entrevistarmos alguns festivaleiros, concluímos que a maioria dos rapazes não conhecia Iann Dior e que no geral a maioria do publico estavam ali por Matuê.
Dado o transito e o difícil estacionamento, só chegamos ao recinto na altura do concerto de Iann Dior, sendo um nome internacional, esperávamos um concerto diferente, achamos que o publico não estava com atenção ao concerto, falavam e tiravam mais fotografias, do que cantavam e viam o concerto, algo que nos incomoda bastante durante um concerto, da mesma maneira que esperamos que os músicos façam o seu trabalho em palco, esperamos que o publico respeite o trabalho deles, goste muito ou menos, estão ali devem respeitar o trabalho dos músicos e quem à sua volta quer ver e ouvir e concerto e desta forma não consegue, para não falar do facto de terem estado constantemente a pedir água ao músico e este a atirar-lhes água. Agradecemos que ele tenha a preocupação de hidratar os adolescentes, mas não é para ver isso que se paga um bilhete, especialmente se for entre todas as musicas. Em paralelo, sabe-se lá porquê, Iann Dior passava imenso tempo a falar com os técnicos de palco, como se entre musicas houvesse algum problema, ele andava de um lado para o outro no palco e falava com os técnicos, algo inaudível para o publico, mas que dadas a pouca afluência de publico, os presentes estarem distraídos com outras coisas e ele a fazer estas paragens, digamos que não foi um concerto que adoramos e acreditamos que os concertos dele não costumam ser assim, pelo menos ele tem potencial para muito melhor. De um concerto inteiro, sentimos o publico acordado em "Emotions", "Hold on", "Mood" ou "Gone girl" por isso acreditamos que com um outro tipo de publico, Iann não precise tanto fazer tempo entre musicas para que o fim deste chegue.
Seguiu-se Bispo o rapper de Mem Martins que à última hora foi substituir Wiz Khalifa, o grande cabeça de cartaz deste festival, apesar de ter sido convidado para o efeito, apenas três dias antes, Bispo conseguiu e fez questão de dar um concerto memorável, porque como ele mesmo disse em palco, há uns anos atrás, ele era o festivaleiro deste festival e agora estava ali no palco principal e queria estar à altura. Tendo em conta a pouca antecipação para se preparar, ele conseguiu reunir uma banda, um deles a tocar com ele pela primeira vez. Com o coro de Carolina e Catarina, videoawall, fogo na frente de palco, Bispo conseguiu a difícil tarefa de captar a atenção daquele publico de forma geral, que tal como no concerto anterior fartavam-se de gritar a pedir àgua e Bispo cedia e mandava-lhes água ficando preocupado com o facto d se poderem sentir mal, dada a secura manifestada. Uma setlist que passou pelas várias fases do artista, deixando todos satisfeitos.
Mas era Matuê que moveu todo aquele publico e apesar do atraso para entrar em palco, meia hora, tendo o concerto começado à 1:27, o público não desesperou, estavam apenas muito agitados e talvez a precisar de musicas de gosto deles a tocar para os entreter mais, porem correu muito bem esta hora de espera e quando Matuê entrou em palco de bucket hat, calças cargo e uma mochila às costas, que alguém ao nosso lado comentou "credo parece a Dora a Exploradora" e a pergunta "E aí meus tugas?!" a histeria foi geral e em segundos ficou perdoado pela demora. Todo o concerto foi de uma energia constante, tanto dele, como do publico.
Em palco apenas com um "Dj", um guitarrista e um multi instrumentista, Matuê encheu o palco, com musicas que passaram pelos exitos mais recentes aos menos recentes, "Maquina do tempo", "É sal", "Banco", "Quem manda é a 30", "Quer voar" ou "Kenny G", este numa versão diferente da original, Matuê mostrou que a cena Trap brasileira está à altura da americana e quem sabe não haverá algures no futuro um mini festival mais dentro deste género. Assim chegou ao fim o Sumol Summer Fest, para o ano haverá mais.
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