Stone Dead e Kilimanjaro numa viagem pelo punk no Musicbox

By VoxPop - dezembro 26, 2017


Nesta época festiva a antena 3 e a Lovers and Lollypops uniram-se para trazer um grande presente aos amantes de punk, 40 anos de êxitos concentrados num só concerto. As canções do punk ocuparam o Hard Club no Porto dia 14 de Dezembro e no Musicbox em Lisboa dia 21 de Dezembro.


Stone Dead e Killimanjaro, duas bandas de referência do rock português atual, foram as escolhidas para levar o público numa viagem musical pelos clássicos dos mais talentosos artistas internacionais do punk.
O set-up do palco prometia um grande concerto, com duas baterias posicionadas frente-a-frente. 
Mal as bandas subiram ao palco os assobios e os gritos abafaram a sala, os dois bateristas Bruno Monteiro (Stone Dead) e Joni Dores (Killimanjaro) atacaram os instrumentos eletrizando o público prenunciando um concerto de esgotar todas as energias.


A música “If the kids are united” dos Sham 69 foi a eleita para iniciar a noite, seguida de “White Riot”, dos the Clash e, como não podiam faltar os Ramones, prosseguiram com “Blitzkrieg Bop”.
Depois desta introdução os Killimanjaro deixaram o palco por conta dos Stone Dead. Esta banda transportou-nos para os anos 70/80 reavivando ícones como, MC5 com a música “Ramblin’ Rose”, acalmando o ambiente com a “Baby, baby” dos The Vibrators, dos The Buzzlocks elegeram a “Orgasm Addict” e ainda trouxeram “Born to lose” de Johnny Thunders.
A esta panóplia de bandas seguiram-se três músicas dos Ramones “Now I wanna sniff some glue”, “Commando” e  “Wart Hog”.
Afonso Pinto, vocalista dos The Parkinsons, acompanhou Stone Dead, na música “Pretty Vancant” dos Sex Pistols. 
Os Killimanjaro regressaram ao palco para o seu momento a solo. Começando por fazer um tributo à banda do convidado especial, The Parkinsons, com a música “So lonely”. Homenagearam Dead Kennedys com “California Uber Alles”, Circle Jerks tocando “Wild in the streets”, Black Flag com “Rise Above” e, para finalizar, “Ace of spades” dos Motörhead. 
 Stone Dead voltaram a subir ao palco, juntando-se a Killimanjaro para dar o verdadeiro significado à expressão ‘partir a loiça toda’. A junção de duas bandas que só por si são estrondosas, prometia ensurdecer todos os presentes e levar a voz até ao limite, e assim foi. Reavivaram mais uma vez Sex Pistols com “Anarchy in the UK”, e relembraram também the Stooges com “T.V. Eye”.  
Como era de esperar, não podiam deixar de mencionar a lenda que foi Zé Pedro dos Xutos e Pontapés, prestando-lhe o devido reconhecimento, tocando “Morte Lenta” e “Submissão”.
O fim do concerto foi simplesmente memorável, com os Dead Boys de novo à vida. José Gomes (vocalista dos killimanjaro), desceu do palco e juntou-se ao público para sentir a euforia vivida após quase duas horas de moches infindáveis. Depois de se despedirem, os fãs não se conformaram enquanto eles não tocassem mais uma. Jonas (guitarrista de Stone Dead) espicaçou dizendo que os da capital não vibravam tanto, no entanto, veio unir-se ao público, deixando levar-se pelas mãos da multidão. 
É justo dizer que foi de esgotar as energias até ao último segundo e o estado do palco refletiu isso depois do concerto, com uma das baterias tombadas após a queda de Jonas ao abandonar para o palco.

Uma iniciativa excecional por parte da editora Lovers and Lollypops e da Antena 3 que veio provar a intemporalidade do punk.
Texto: Margarida Alexandre
Fotografia: Margarida Alexandre

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