Infected Fest - Segundo Dia

By VoxPop - novembro 12, 2017


No segundo dia, a organização quis fazer um tributo ao punk-rock português, trazendo duas bandas da casa, Pestox e Artigo 21, que representam o investimento que a editora faz neste estilo de música. Acabando a noite num repertório mais pop e reggae com a banda Trevo.


Tendo sido os primeiros a editar um álbum pela infected records, há 15 anos atrás, os Pestox subiram ao palco, transportando o público para as décadas de 70/80, quando o punk-rock teve o seu pico de importância.
Começaram o concerto com a primeira faixa do seu álbum, “Solidão”. Após esta introdução, o vocalista (Paulinho), comentou a presença de uma audiência muito jovem que ocupava a fila da frente, questionando se tão-pouco conheciam a banda. Seguiu-se “vida de cão” e “puxa saco” até chegarmos à tão esperada “Serafim” que mudou por completo o ambiente quando o guitarrista e teclista (Richie) cantou o refrão da música com sotaque africano. Tocaram ainda, “rock na praia”, “sexta-feira” e “puto rebelde”, tudo músicas bem conhecidas dos fãs. Ao finalizar o concerto convidaram o antigo baterista, e um dos fundadores da banda, Pantera, para cantar a música “Ratos”, que não pertence ao álbum. Abandonaram o palco deixando os presentes satisfeitos ao tocarem  “Bagaço”.
Depois da abertura dos Pestox, os Artigo 21 apresentaram a sua versão mais pesada e recente de punk-rock português. Estrearam-se em palcos há 5 anos atrás, tendo lançado o seu álbum em 2015. 

Tocaram “ contradição”, “ser capaz”, “mudança”, “mascara” e “utopia”. Já o concerto ia a mais de metade, quando premiaram os espectadores com duas novas músicas intituladas “tanto tempo” e “só mais um bocado”.
Ao longo do concerto foi notória a grande intimidade entre os músicos e a audiência. Provou-se com um dos momentos mais marcantes da noite, o vocalista (Cardoso) chegou-se à berma do palco e encostou a cabeça à de um fã, cantado os dois e demostrando a ligação que a música pode criar. Também o guitarrista Daniel Hipólito teve a oportunidade de sentir a euforia da multidão ao sair do palco deixando-se levar pela vibração do público. Foi um concerto bastante desgastante e energético no melhor sentido possível. 

Para aliviar o ambiente, os Trevo, encerram a noite com as suas canções.
Este grupo sem dúvida que se destacou em termos de aderência do público, mal subiram ao palco a sala inteira começa a cantar a “Dama de Carmim” à capela num coro perfeito que até parecia ensaiado.  
A sua segunda música, “Casamento”, foi dedicada ‘aos que ainda não se divorciaram’. Não tardou para Ricardo Pires abandonar o baixo e dedicar-se ao tambor na “Quero-te mais que uma semana”. O concerto foi aquecendo com “se és quem és”, seguida de “Ressacadão” e “Pinga amor”. A pedido tocaram a “Cheguei e disse” e “Raul bazou”. Tentaram acabar com o seu êxito “Face meu, face meu” mas os fãs opuseram-se gritando “ninguém acaba assim”. Os Trevo, viram-se, desta forma, obrigados a tocar algo mais, tendo escolhido a música “Rim”, que não chegou a entrar no álbum.

Assim terminou mais uma noite do infected fest, podemos congratular a infected records pela escolha deste grande cartaz, sem dúvida marcante para os apreciadores deste género musical.
Texto e fotografia: Margarida Alexandre


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