The Maccabees publicaram as suas redes sociais esta carta de despedida aos seus fãs. Pelo que estamos muito tristes, pois sempre achamos que eram uma banda promissora, as suas músicas sempre marcaram a diferença entre outras bandas, tanto pelo timbre da voz do Orlando, como pelo ritmo das mesmas, mesmo quando tratavam de assuntos mais complexos, nunca eram tristes e deixavam-nos sempre com vontade de dançar. Vim-los duas vezes ao vivo cá em Portugal, a primeira vez no festival Alive e a seguinte na abertura do concerto dos Black Keys no agora MEO Arena. No entanto tivemos oportunidade de os ver diversas vezes em Londres. Embora sempre tenham tido uma postura discreta, marcavam a diferença por serem honestos com eles mesmos, nunca quiseram mostrar o que não eram, julgamos que essa humildade diferenciava-os. Tivemos oportunidade de conhece-los pessoalmente, partilhar momentos com eles, daí afirmarmos com tanta certeza que eles eram precisamente o que mostravam. 

Para quem não os conhece, aqui vai uma breve biografia. Em 2004 o vocalista Orlando Weeks, o baixista Rupert Jarvis, os irmãos white Felix e Hugo nas guitarras e o baterista Robert Thomas formaram a banda, numa cidade a sul de Londres. Em 2005 lançaram o primeiro single "X-Ray" através da Premisse Records e tiveram a sorte do single começar a passar na rádio (Xfm radio) e assim começou a ser um sucesso. Começaram então a abrir alguns concertos dos Arctic Monkeys. Fierce Panda trabalhou o segundo single "Latchmere" e saiu na primavera de 2006 e em 2007 lançaram o primeiro álbum "Color it in" através da Ficton Records. Em 2008 Robert saiu da banda e entrou Sam Doyle. Algumas pessoas dizem que eles são de Brighton, mas não são, apenas foram para lá, porque o Orlando foi para a universidade lá, estudar algo ligado ao designe, como banda e como amigos ninguém travou os objectivos do Orlando, até porque os estudos dele poderiam ser benéficos para a banda. Tal como outros membros da banda tiveram projectos paralelos.

Em 2009 lançaram o segundo álbum "Wall of Arms" produzido por Markus Draves, que também trabalhou com Arcade Fire. Começaram a tocar em festivais grandes, como o Reading e o Leeds. Em 2010 outro dos irmãos White entra para a banda, Will vai trabalhar nos sintetizadores e teclas, mas saiu da banda em 2013.

Tiveram quase três anos para escrever, compor e gravar o terceiro álbum "Given to the wild" lançado em 2012. Este álbum foi trabalhado nos Rockfield Studios, com Tim Goldsworthy e Bruno Ellingham (LCD Soundsystem e Massive Attack). Jag Jago também trabalhou com eles neste álbum, sendo que o mesmo foi terminado em Suffolk nos Decoy Studios.

Temos que relembrar que andaram em digressão com Florence+The Machine, onde abriam os seus concertos, mas era comum a Florence entrar em palco com eles e alguns deles na actuação dela, o que criou uma amizade e cumplicidade muito grande entre ambas as bandas.

O quarto álbum da banda "Marks to prove it" foi gravado entre setembro de 2013 e fevereiro de 2015. Desta vez gravaram no próprio estúdio, em Elephant and Castle e quem o produziu foi o Hugo White. 

Este último álbum é muito diferente dos anteriores, muito mais calmo, com menos ritmo e infelizmente não teve o mesmo sucesso dos anteriores, talvez por ser tão diferente do que a banda nos havia habituado. 

Apesar de terem anunciado o seu fim, prometeram dar um último concerto de despedida, mas felizmente marcaram mais e nós vamos lá estar e esperar que toquem em modo best off, para matarmos saudades dos tempos antigos da banda. Tal como têm vindo a informar-nos, os concertos estão todos esgotados com a excepção de um.

Brevemente se assim se justificar daremos noticias sobre novos projectos dos membros da banda.

Imagens: informações dadas pela banda